segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Das lembranças da Infância.



Sonhei mesclas do cheiro da casa
Do vento intrometido pela janela
Do silêncio das paredes atrás das molduras antigas
Das borboletas ousadas pelo jardim
Das folhas verdes arrogantes na área da frente
E mesmo a Escuridão do teto me
fez despertar mais leve.
Eu lembro da casa dos meus avós
E de cada detalhe impresso dela.

Depois tentei desvendar o mistério e o êxito daquele sonho
E não pensei muito mais além de concluir
que mesmo no escuro a vida era mais leve.

A Claridade que entrou pela casa
Dominou os dias da Inteligência da vida
E convidou a chata da Consciência para entrar
Tomar um chá e invejar sua nova morada invadida
A senhora Consciência é robusta e abafa a casa.
Não há mais espaço para outra Senhoridade,
além da Claridade triunfante e sua nova
amiga Consciência.
Nem por estrelismo fugaz alguém furta espaço.

Quando se crê na Claridade e Consciência,
se ofusca a Escuridão inocente
de acreditar no que não se vê.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Sonho de Sonhar Outra Vez




Quando menina eu sonhava aventuras.

Na adolescência sonhei glamour e vaidade.

Em minha pré-maturidade sonhei amores e delírios.

Na maturidade sonhei sonhar encontrar os sonhos

que sonhava a vida em cada fase.

Alguns sonhos foram levados pelo vento

enquanto achava que os sonhos davam as mãos à realidade.

Perplexo engano de sonhar que havia entre eles,

entre o sonho e a aquela realidade, alguma afinidade.
P.M.