domingo, 21 de fevereiro de 2010

Compreendendo pensamentos suicidas

No último dia quatorze o pai de um amigo próximo se suicidou, isso aconteceu em um momento de intensa euforia, na véspera de um casamento pomposo.

Os dias que se seguiram foram muito tristes, com um silencio latente e presente na vida das pessoas ligadas a família do suicida, um silencio que era escondido em conversas superficiais.
Ao principio eu também não soube o que pensar ou falar, lembrava apenas daquele senhor simples que adorava agradar hospedes da família.

Meus amigos vêm superando, mas contaminados com muita revolta.

O fato foi surreal e conversei com outras pessoas sobre o que havia acontecido, foi quando uma amiga confessou que também tinha pensamentos suicidas e ela é uma mulher independente, uma profissional qualificada, uma moça que tem família e namorado.

Sem confessar, lembrei que muitas vezes quando chorei via meus pulsos brancos vertendo sangue, era uma imagem que vinha em flash nos meus pensamentos, eu nunca planejei ou tive atitudes voltadas para esse sentindo, mas simplesmente pensava na imagem quando estava mergulhada num turbilhão de pensamentos atormentadores.

Isso tudo que vem acontecendo me faz repensar a vida e também compreender a atitude deste senhor.

Não importa os múltiplos motivos que nos levam ao desespero, mas vejo que os suicidas não são tão narcisistas e egocêntricos como a sociedade rotula, são apenas pessoas sofridas e desesperadas para fugir do sofrimento. A intensidade dessa dor é tão bruta que naquele momento crucial se vê na morte um alívio e a única solução para estancar a dor.

Espero que de uma forma sutil eu possa partilhar dessa visão com as pessoas que hoje não compreendem o que se passa nos pensamentos daqueles que sofrem ao extremo e causam a falatidade.

Críticas ao filme Amor Sem Escalas

http://www.cafecompop.com/2010/01/critica-de-filme-amor-sem-escalas-2009/

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Chorar lava a alma

Hoje estava lembrando do ditado: Chorar lava a Alma!
Logo, fiz minhas conclusões e vieram os temores: Se chorar lava a Alma, temo que a minha fique desbotada e que essa enxurrada de lágrimas leve tudo para longe, até mesmo as boas lembranças e o mais importante, aquilo que foi vital.