Meditação: quando lemos essas passagens e quando as
estudamos dentro dos evangelhos de Mateus e Marcos, bem como refletimos no
evangelho de João, observamos que em todas elas Jesus demonstra uma compaixão
sobrenatural pela multidão que o seguia (Mt 14:14) ao oposto dos discípulos que
tentavam despachá-la (Mt 14:15), Jesus buscou ensinar aos discípulos como eles
deveriam servir a multidão, determinando que eles distribuíssem os pães e
peixes que possuíam (MT 14:16) ao oposto dos argumentos racionais que eles
apresentavam a Cristo. Jesus os surpreendeu não somente com o milagre da
multiplicação (Mc 6:52), mas com a forma com a qual Ele os conduziu e resolveu
o problema (Mt 14:33). Jesus os mandou sair dali onde, após cuidar da multidão,
permaneceu sozinho (Mt 14:22). Eles não entenderam suas razões, mas Jesus
queria preservá-los ao mesmo tempo em que evitou ser nomeado rei de Israel,
pois naquela época o povo procurava um rei a fim de derrubar a opressão romana
(Mt 14:13 e Jo 6:15), Jesus também não se submeteu a racionalidade dos
apóstolos ao dispensar o provável barco reservado pelos mesmos (Jo 6:22) antes
os surpreendeu andando por sobre as águas (MC 6:51 e Mt 14:26).
O que observamos neste estudo é que quando dedicamos nossas
vidas a Deus e estamos cativos a sua palavra, o Senhor tem a liberdade e a
autoridade para ignorar nossa racionalidade e nos tirar de onde estivermos para
nos conduzir em segurança para o lugar onde Ele quer que estejamos. Ele não
depende das nossas estratégias, razões ou métodos, Ele está acima deles e pode
nos surpreender quando acreditamos ter domínio sob nossas vidas ou quando
acreditamos estarmos de posse da verdade e do que julgamos ser correto pelo
nosso próprio entendimento.